segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acontece.

É a minha história de vida, amor e dor. É real.

                                                      acontece.
- capítulo I - Não existe idade para o amor.


Posso dizer que o amor, não é algo que você tende explicar, é algo que acontece e você só sente. Não existe data,idade, hora marcada ou coisa e tal, quando ele nasce dentro de você, não há coisa mais forte que possa substituí-lo. Eu aprendi o que era amor quando estava na quinta série, eu tinha 10 anos, é, 10 anos! Foi amor a primeira vista. Muita gente diz que isso não existe, não passa de contos interpretados em filmes, mas eu mudei qualquer opinião que podia ter. 
Foi o meu primeiro dia de aula na escola do ensino fundamental II junto ao médio, e eu jamais imaginaria o que ia acontecer ali. Estava na sala de laboratório, sentada nas mesas em grupos com 6 cadeiras, eu era número 5 e ele número 7, não estava no meu grupo, mas estava na mesa do meu lado. Era a terceira aula, e faltavam 45 minutos para bater o sinal do intervalo quando eu reparei nele, realmente e detalhadamente. Ele  era moreno de praia, com o cabelo escuro todo arrepiado, tinha olhos castanhos e dentes de criança, mesmo assim, o sorriso dele era lindo! (uau) ele olhou pra mim, e foi como nos filmes: borboletas sobrevoando minha cabeça, o canto dos pássaros e as fadinhas jogando energias positivas!'' rárá.
Eu virei para uma amiga, no qual ainda não tinha dito tantas palavras pra dizer o que disse na hora : ele é lindo :o! ( expressei caras de estou possuída pela mágica da paixão, estou perdendo a lucidez, socorro)   ela se virou para mim também e falou: eu percebi, a sua carinha de quem gostou não engana ninguém! 
Logo fiquei com aquela iper vergonha :$ queria meio que sumir. Ele percebeu que a  minha atenção estava totalmente voltada pra ele, só pra ele. Deu uma risadinha do tipo ''oi, como vai você?'' e eu quis me enfiar de baixo daquela mesa. É, eu quase gritei na sala de aula, a vergonha e a felicidade estavam me corroendo intensamente. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, nunca tive aquela sensação de  eu gosto de um garoto, eu sempre fui tão criança a ponto de dizer que os odiava e tinha nojo. É, inacreditável! Ele se inscreveu para representante da sala, e nós, alunos, decidíamos por votos quem seria.. tive que votar nos meus amigos, mas eu juro que por um fiozinho de nada não disse o Bruno! aaaaah, que vergonha :(
No segundo dia de aula, eu puxei assunto com ele pela primeira vez. Bruno Dias Jardim,  e todos já o chamavam de Dias. Ele deixou o lápis cair do meu lado, mas ele sentava uma carteira atrás da carteira atrás de mim. [confuso rs]. É, eu estranhei, mas o lápis rolou até mim. Ai ele disse " alguém viu meu lápis?" e eu respondi com uma cara de garota amadora": Ele tá aqui Dias! acho que você deixou cair *----------------------------* "  
ele respondeu '' aaaahhh, é mesmo (risos) obrigada Biaa :D
E nós demos continuidade para a lição. Após um certo tempo, a professora deixou todos nós conversarmos pra ver se fazíamos novas amizades, eu ele e a Bruna, a menina que sentava atrás de mim ( e senta até hoje pelo nº da chamada), ficamos conversando até o fim da aula.. eu ria de tudo o que ele falava, eu cheguei em casa flutuando, mas ao mesmo tempo me perguntava o que estava acontecendo comigo pra agir daquela forma.
O tempo passou, nós éramos o casalsinho da sala e até a professora sabia. Ele gostava de mim, mas eu era bv, eu tinha muita vergonha dele :$ não sabia nem como expressar o que eu sentia também, porque na realidade, eu não sabia bem o que eu sentia.. ele não entendia isso, apesar de ser criança ainda. Nós meio que tivemos uma briga, e assim nós paramos de se falar. Foi o pior momento dos anos, e eu lembro como se fosse ontem.. estávamos na quarta aula e era quadra, ed. física, depois era dobradinha na sala 20, português, e aí íamos para casa.
 Era fim do ano, queria pelo menos dizer pra ele o quanto ele foi importante todo esse tempo.
O ano se passou, fui para a sexta série,  já tinha 11 anos e iria fazer 12 em agosto..encontrei com ele na minha sala, mais uma vez. Eu estava disposta a esquecer ele, não queria sofrer de novo.. disse para Bruna (virou minha melhor amiga), que iria tirar ele da cabeça, que eu iria conseguir.
Eu procurei em outros o que eu só achava nele, eu me iludi com dois meninos de 15/16 anos pra ver se o esquecia( e só tinha 11 anos o.o) .Eu achei que tinha esquecido, mas não.
Continuei o amando com toda força que havia dentro do meu coração, com toda esperança que alguém poderia ter. Mas, mais uma vez não deu certo.
Até hoje nunca amei tanto alguém, como amei Bruno. Mas eu acredito que se não aconteceu, realmente, não era pra acontecer.
Nunca corri tanto atrás de alguém como corri atrás dele, nunca me humilhei tanto, nunca me declarei tanto com alguém, como me declarei pra ele, nunca fiz tantas coisas pra alguém, como fiz pra ele.. mas só ele não enxergava.
Eu desisti, mas como diz Bob Marley, não foi por não ter coragem de lutar, e sim, por não ter mais condições de sofrer. Era criança, e sabia que tinha coisas mais importantes pra fazer.. mas ainda sim, me sentia um lixo, e a pior criatura existente na Terra. Eu queria ele do meu lado de todo jeito, e confesso, até hoje quando o olho, meu coração dispara. 
Agora eu só quero que ele deixe de ser como ele era na quinta série, ele está na oitava e se nao repetir, vai pro primeiro mas continua infantil, como era aquele tempo. Eu não troco mais palavras com ele, mas eu sei de muita coisa só por olhar de longe.
Repito e garanto, nunca amei alguém tão intensamente como amei Bruno, e ele permanece dono do meu coração até hoje.





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